A União Europeia anunciou hoje uma mudança que pode redefinir o uso de inteligência artificial ao redor do mundo.
Segundo reportagem publicada hoje pela Reuters, a Comissão Europeia planeja flexibilizar regulações de IA e proteção de dados para estimular inovação e diminuir burocracias.
Essa decisão divide opiniões — algumas instituições celebram o avanço, enquanto grupos de privacidade alertam para uma possível vantagem desproporcional das Big Tech.
Mas a grande pergunta é: o que essa notícia internacional muda para quem vende online no Brasil?
A seguir, analisamos o impacto direto para o varejo, para o e-commerce e para quem está integrando IA nas suas operações.
O que mudou na Europa (e por que o mundo inteiro está olhando para isso)
Segundo a Reuters:
- A UE quer permitir que empresas usem dados pessoais para treinar modelos de IA com base em “interesse legítimo”, sem exigir consentimento explícito do usuário.
- Algumas obrigações para “sistemas de IA de alto risco” seriam adiadas para reduzir custos regulatórios.
- Críticos defendem que essas mudanças representam um dos maiores recuos em privacidade da história da UE, favorecendo grandes corporações.
Essa mudança marca um momento-chave: a Europa, antes líder da regulação restritiva, agora sinaliza uma postura mais flexível — possivelmente influenciando políticas de outras regiões.
Como isso pode impactar o Brasil e o varejo digital
Mesmo sem uma lei de IA em vigor no Brasil, as tendências internacionais influenciam:
1. Novos padrões de coleta e uso de dados
Se a Europa flexibiliza, empresas globais podem adotar modelos mais abertos de coleta e treinamento de IA.
Isso pode acelerar:
ferramentas de recomendação em lojas virtuais
personalização avançada de vitrines
atendimento automatizado mais inteligente
análise preditiva para estoques e demanda
2. Aumento da pressão competitiva
Se Big Techs e grandes varejistas internacionais puderem treinar modelos mais robustos, a diferença entre “quem usa IA” e “quem não usa” tende a aumentar.
Para pequenas e médias empresas, isso significa:
adotar IA rapidamente não é mais opcional
eficiência operacional vira vantagem estratégica real
analisar dados deixa de ser luxo e vira necessidade
3. IA acessível para quem vende online
Com regulações mais leves, o mercado tende a lançar soluções de IA mais rápidas e baratas, permitindo:
modelos generativos para criar anúncios, campanhas e descrições
personalização automática do site
assistentes inteligentes para atendimento
sistemas preditivos integrados ao estoque
Isso impacta diretamente lojas que usam plataformas como a Get Commerce, criando oportunidades para aumentar conversão, e reduzir custos.
O que isso significa para o varejo de moda e lifestyle
Quem vende moda, acessórios e beleza deve ficar particularmente atento.
A IA, com acesso a bases de dados maiores, pode:
prever tendências de compra por região
sugerir looks completos baseados no estilo do cliente
recomendar tamanhos com precisão
avaliar imagens e prever onde o consumidor olha primeiro (heatmap de atenção)
testar variações de anúncios automaticamente
Esse é o tipo de inovação que diferencia marcas que crescem rápido daquelas que “ficam no básico”.
Oportunidades práticas para lojas que querem sair na frente
Aqui estão ações que você pode aplicar hoje mesmo:
1. Usar IA para criar campanhas de marketing em segundos
Ferramentas como Gemini e ChatGPT já permitem criar imagens, vídeos, anúncios e descrições otimizadas.
2. Analisar onde o consumidor está olhando no seu banner
Com “visual attention prediction”, você descobre se o destaque vai para o produto ou para uma distração.
3. Criar jornadas automatizadas no WhatsApp
IA + automação aumentam conversão e reduzem trabalho operacional.
4. Personalizar a vitrine em tempo real
Comportamento de navegação → vitrine muda → aumento de vendas.
E como a Get Commerce se posiciona nesse cenário?
Enquanto o mundo discute regulações, a missão da Get Commerce permanece clara:
“Democratizar as vendas online e o acesso à IA para que qualquer loja do Brasil possa vender mais.”
Tudo isso respeitando a LGPD e as melhores práticas de segurança.